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Beliches garantem humanização à moradia estudantil da Regional Goiás

Por weberson dias. Em 11/06/18 09:25. Atualizada em 11/06/18 09:28.

A 20 beliches garantem melhores condições de estadia de 34 educandos da Turma de Direito Fidel Castro.

 

Desde o último mês, um total de 34 estudantes da Turma de Direito Fidel Castro, novos moradores da Unidade Acadêmica Especial de Ciências Humanas (UAECH), dormem bons sonos. É que já estão em uso por eles um total de 20 beliches com escada lateral adquiridos recentemente pela Regional Goiás da UFG, com recursos na ordem de mais de R$ 5 mil. Além das camas, a Regional também conseguiu atualmente 15 colchões cedidos à Regional, garantindo que 100% da Turma esteja bem acomodada.

De acordo com o estudante Hugo Rocha de Sousa, coordenador estudantil da Turma, o espaço de moradia estudantil foi construído a partir de diálogos com as coordenações docente e estudantil da turma, a Comissão Político Pedagógica e a UFG e os movimentos sociais, antes da chegada da Turma. “Uma das maiores dificuldades era de como organizar o espaço pra caber todo mundo, então a possibilidade de aquisição dos beliches ajudou inclusive essa organização inicial aqui no espaço. Sem os beliches devido principalmente ao tamanho dos quartos, talvez não conseguíssemos acomodar todo mundo, porque tem quartos que não comportariam mais que duas camas”, agradeceu, ressaltando que foi um encaminhamento construído coletivamente.

Cada apartamento possui beliche e colchões adquiridos pela UFG e móveis dos próprios estudantes, como mesas de estudos, cadeiras e guarda-roupas. Sobre os 15 colchões doados ao grupo recentemente, Sousa lembrou que foi importante para o grupo, já que nem todos tinham colchões de qualidade. “A ideia de construir uma política estudantil é para que sirva para mais estudantes, porque estamos utilizando agora, mas outros possam utilizar também, não só a nossa turma.

 

Humanização

A partir de agora, acreditam os estudantes, há um quantitativo de móveis e uma estrutura básica para receber aqueles que desejarem batalhar por uma graduação. De acordo com a educanda da Turma de Direito Fidel Castro, Elis Maira de Lima, os estudantes veem de vários Estados brasileiros, e, sem muitas condições, alguns tinham apenas colchões e, por não terem cama, dormiam no chão. Para ela, os beliches dão uma repaginada no novo espaço, ressaltando o caráter coletivo. “Eu nunca tinha tido a experiência de dormir em um beliche, mas como a ideia é economizar espaço e agrupar mais pessoas, vejo que os beliches se encaixaram muito bem”, afirmou.

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Ao nos receber em seu quarto, que divide com outras duas colegas da Turma, a educanda afirmou que em colchões espalhados no chão ou em beliches, o grupo permanece firme nos seus objetivos e motivações de permanecer em Goiás. “As camas-beliches dão mais condições que continuemos aqui. Porém, a gente entende que este espaço, utilizado pela nossa Turma agora, é uma conquista estudantil, ela vai permanecer, pois é patrimônio da universidade e que todos os estudantes têm que dispor disso”, reivindicou ela.

 

Ocupação

Sobre o mal-estar político ocasionado pela ocupação do curso de Direito no espaço, Elis Maira frisou que, após diálogos abertos em fevereiro com os Centros Acadêmicos dos cursos, conseguiu chegar num consenso que a turma Fidel inauguraria o novo espaço. “Quando a turma Fidel chega, a luta por moradia estudantil já existia e sempre existiu nessa Regional. Ficou claro que é uma conquista dos estudantes e não de um curso; também que não seria privativo à nossa Turma. A gente chega pra se somar e não para construir uma outra luta por moradia estudantil”, explicou.

Segundo o coordenador estudantil da Turma, outra preocupação da Fidel Castro foi dialogar sobre a utilização do espaço com o movimento estudantil. “Se o movimento dissesse ‘Não!’, nos teríamos que pensar em outra forma de construção. Dessa forma, estamos aqui para somar à luta e que isso sirva para outros estudantes”, finalizou Hugo Rocha de Sousa.

 

 

Fonte: Weberson Dias

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