Elismar

Projeto de Administração leva mais de 160 livros doados para presídio

Por weberson dias. Em 25/01/19 11:15.

Durante a disciplina de Incubadora Social, do professor Juliano Avelar, os estudantes do curso de Administração da Regional Goiás, Elismar Oliveira e Matheus Souza, tiveram uma ideia impactante. Eles fizeram uma campanha de arrecadação de livros para abertura de uma biblioteca no presídio da Cidade de Goiás.

A ideia do projeto “Literatura na Cela” começou a tomar corpo no início de 2018. A campanha mobilizou doações de alunos da Regional, órgãos ligados à Prefeitura e pessoas da comunidade local. Após a campanha, foram arrecadados e catalogados para que fossem organizados em estante doada aos estudantes.

 

Acervo

O acervo foi entregue no último semestre de 2018 ao diretor do presídio, Ledney Dorian Cordeiro Mendonça, e ocupa um espaço da sala de videoconferência, temporariamente, na unidade prisional. Segundo Mendonça, o acesso à biblioteca será controlado, deste modo, o detento interessado na leitura, terá um tempo reservado para tal e uma lista de controle marcará as páginas já lidas.

De acordo com o estudante Elismar Oliveira, o acervo fará diferença na vida do detento que tiver disposição para a leitura. “A biblioteca pode instigar os presos a conhecer um pouco mais do mundo dos livros e despertar neles o gosto pela leitura, adquirindo mais conhecimento durante o tempo ocioso”, afirmou ele. Oliveira destacou ainda que o curso possui um ensino pautado nas questões pública e social. “Entendemos desde o início que o curso possui um caráter voltado à cidadania, ao lado humano, intelectual e aos valores que norteiam o ambiente micro e macro-organizacional”, finalizou.

Elismar

A ideia também, segundo ele, é contribuir para que os detentos no que juridicamente chamam “remição de pena”, ou seja, quanto mais eles leem, menos anos precisam ficar na prisão. De acordo com a Recomendação n. 44 do CNJ, deve ser estimulada a remição pela leitura como forma de atividade complementar, especialmente para apenados aos quais não sejam assegurados os direitos ao trabalho, educação e qualificação profissional. Para isso, há necessidade de elaboração de um projeto por parte da autoridade penitenciária estadual ou federal visando a remição pela leitura, assegurando, entre outros critérios, que a participação do preso seja voluntária e que exista um acervo de livros dentro da unidade penitenciária. Segundo a norma, o preso deve ter o prazo de 22 a 30 dias para a leitura de uma obra, apresentando ao final do período uma resenha a respeito do assunto, que deverá ser avaliada pela comissão organizadora do projeto. Cada obra lida possibilita a remição de quatro dias de pena, com o limite de doze obras por ano, ou seja, no máximo 48 dias de remição por leitura a cada doze meses. (Com informações do CNJ)

Fonte: Weberson Dias

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