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Regional Goiás contribui para projeto pioneiro dos povos Kalunga

Por weberson dias. Em 11/07/19 14:48.

No primeiro semestre de 2019, a Regional Goiás da UFG se fez presente no município de Cavalcante, durante a Assembleia Geral Kalunga. O objetivo foi a criação do primeiro regimento interno de um quilombo no Brasil, um projeto pioneiro em nível nacional.

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Foto: Maria Lúcia Godinho/Acervo AQK

Além das mais de mil pessoas da comunidade, participaram do evento, entre os dias 23 e 26 de maio, o professor Cleuton Freitas e o estudante Rosemberg Dias, ambos do curso de Direito, também pertencentes ao Observatório Fundiário Goiano (OFUNGO) e ao projeto Assessoria Jurídica Popular na Questão Agrária no Estado de Goiás. Além deles, também esteve presente Ana Maria Maia, acadêmica do curso de Serviço Social desta Regional. 

 

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Foto: Arquivo Pessoal/Cleuton Freitas

Nestes dias, foi realizada a Assembleia de Representantes eleitos nas 14 assembleias realizadas nas 39 comunidades, na sede da Associação Kalunga de Cavalcante. Por fim, foi aprovado o Regimento Interno. O documento estabelece normas para a gestão ambiental e territorial do Sitio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, para o reconhecimento da ascendência e da remanescência Kalunga e para a exploração do turismo no território. Além de ser um importante instrumento para a defesa e desenvolvimento do povo Kalunga, o regimento poderá servir de referência para outras comunidades brasileiras.

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Foto: Maria Lúcia Godinho/Acervo AQK

O projeto Assessoria Jurídica Popular na Questão Agrária no Estado de Goiás, coordenado pelo professor Cleuton Freitas, tem a finalidade de dar apoio técnico jurídico às comunidades quilombolas, assentadas, agricultores e agricultoras familiares e acampamentos.

 

Comunidade Quilombola Kalunga

Na língua banto, de origem africana, Kalunga significa lugar sagrado, de proteção. A Comunidade Kalunga é o maior quilombo em extensão territorial do Brasil e construiu sua cultura ao longo de centenas de anos de isolamento. Na área do quilombo, de mais de 260 mil hectares, residem cerca de quatro mil pessoas. Há quase 30 anos, o local foi reconhecido como Sítio Histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga e Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil.

 

Fonte: Weberson Dias

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