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UFG e comunidade constroem ponto de ônibus no Tempo Novo

Por weberson dias. Em 04/10/19 14:57. Atualizada em 04/10/19 19:10.

Na segunda quinzena de setembro, uma equipe formada por alunos e professores dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Serviço Social da Regional Goiás da UFG, que compõe o Laboratório de Projetos, em parceria com onze moradores do Bairro Tempo Novo, iniciou a construção do novo ponto de ônibus do setor. Trata-se de um abrigo que substituirá o atual, localizado sob uma árvore de forma improvisada.

A ação fez parte da primeira oficina participativa no bairro para alterar a paisagem do único suporte logístico de famílias que se deslocam diariamente para trabalhar e estudar no centro da cidade, distante cerca de 6 km.

A oficina foi realizada trabalhando ações de Assessoria Técnica Participativa em Arquitetura e Urbanismo, através de experiências de cooperação e capacitação construtiva de moradores. O projeto, construído com os moradores no segundo encontro, foi concebido em etapas de execução através de oficinas que seguem até o fim deste mês, sempre aos finais de semana.

Diálogos Coletivos

Ao longo do projeto, a participação dos moradores do local foi primordial. Desde 2018, eles estiveram presentes nas oficinas participativas sobre melhoria habitacional, além das tomadas de decisão pela construção coletiva do ponto de ônibus este ano. Algumas mulheres que manifestaram ter trabalhado em canteiros de obras em suas residências ou em outras experiências, foram convidadas a ministrarem as oficinas de construção do ponto.

Dialogando sobre técnicas construtivas e materiais convencionais presentes nas obras dos moradores, propôs-se que elas escolhessem os métodos construtivos que desejassem para aprender nas oficinas. Foram eleitos oito temas principais: fundação, armação de ferragens, alvenaria, reboco, contrapiso, pintura, carpintaria e telhado. A partir destes aspectos, foi possível formular em coletivo um projeto adequado ao tipo de oficina e etapa de construção.

Várias Mãos

Segundo a professora Karine Oliveira destacou a importância da ação principalmente para as moradoras do bairro. “Foi possível constatar que essas mulheres já realizam pequenas construções para melhorar suas casas. Com isso, enxergamos uma potência em reunir essas pessoas que se preocupam com melhoria habitacional e vem construindo em suas casas para troca de conhecimentos, aperfeiçoamento e criação de redes de contato. O lugar da mulher na construção civil ainda é visto com muita resistência e desconfiança e a universidade deve mediar esse enfrentamento”, assegurou, acrescentando também o suporte do Laboratório de Tecnologias, que forneceu o instrumental e apoio logístico para realização das oficinas.

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Fonte: Arthur Maresca

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