Acessibilidade

Regional Goiás promove seminário nacional sobre educação inclusiva e acessibilidade

Por weberson dias. Em 06/06/18 17:35.

O evento é coordenado pelo Núcleo de Acessibilidade com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG-GO) e conta ainda com o apoio da Universidade de Brasília (UnB), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), Prefeitura Municipal de Goiás, Assistiva - Tecnologia e Educação, Associação dos Restaurantes, Pousadas, Hotéis e Similares, Cine Teatro São Joaquim e Secretaria de Estado da Cultura (Secult-GO) 

 

A Regional Goiás realiza na primeira semana de julho nos dias 4, 5 e 6 o “I Seminário Nacional de Educação Inclusiva e Acessibilidade & II Seminário Regional de Inclusão e Acessibilidade: Educação Inclusiva e Acessibilidade na cidade de Goiás”, com programação em cinco locais diferentes: Cine Teatro São Joaquim, Biblioteca Cajuí, Unidade Acadêmica de Ciências Humanas (UAECH), Quartel do XX e Palácio Conde dos Arcos.

As inscrições vão até o dia 30 deste mês e devem ser feitas exclusivamente pelo site do evento. A taxa varia de R$ 12 a 20, dependendo da modalidade de inscrição e pessoas com deficiência não pagam. O prazo de submissões de trabalhos se encerra no dia 20 também deste mês.  Quem não tiver trabalho, pode participar como ouvinte. 

O evento conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG-GO).

 

Palestrantes

A personalidade mais esperada para o evento é a professora Débora Seabra, primeira docente do país com Síndrome de Down, juntamente com sua mãe, Margarida Seabra, ativista pela educação inclusiva. Além delas, estarão também no evento, pesquisadoras de renome nacional no que diz respeito a educação especial e inclusiva, como as professoras Sinara Polon, Cláudia Griboski, Cleonice Machado, da Universidade de Brasília (UnB); Rita Bersch, da Assistiva Tecnologia e Educação, Elaine Maria de Oliveira e Giovana Gindri, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI/RS), e Sílvia Tolfo, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Para a coordenadora do evento, a promoção de eventos que versam sobre a acessibilidade e a inclusão tornam a universidade cada vez mais diversa e inclusiva, fortalecendo as políticas públicas sociais e de inclusão. “A educação inclusiva é hoje um movimento mundial e cabe a nossa universidade efetivar a implementação de práticas educacionais inclusivas. É uma oportunidade para que gestores, professores, estudantes, pessoas com deficiência e a comunidade em geral tenham acesso ao conhecimento, às informações e experiências de como implementar a educação inclusiva nos espaços educacionais, desde a educação básica até o ensino superior”, destacou a professora Denise Oliveira.

Acessibilidade

Inclusão

Quem vê com bons olhos o debate de assuntos tão caros à academia é Luiz Humberto de Oliveira, estudante com baixa visão do curso de Arquitetura e Urbanismo e que também é atendido pelo Núcleo de Acessibilidade. “Um evento que promove a discussão sobre a acessibilidade e educação inclusiva é importante não só para a Cidade de Goiás, mas também para outras cidades, pois, coloca esse debate num âmbito mais próximo das pessoas e traz a reflexão pra vida acadêmica de cada um de forma mais ampla, para que cada dia os deficientes, principalmente, na universidade sintam-se incluídos”, assegurou ele, para quem a diversidade é o que mais lhe chama a atenção na UFG. "É importante para nós percebermos que a universidade é para todos e uma forma de mostrar isso é através de eventos como esse”, lembrou.

Para a personalidade mais esperada do evento, Débora Seabra, a inclusão começa em casa. "Depois continua na escola, no trabalho, com os amigos e na sociedade, conforme a Lei n° 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão - LBI), que garante às pessoas com deficiências condições de igualdade, exercício dos direitos e das liberdades, inclusão social e cidadania”, continuou. "Iremos fazer um relato de experiência de como foi a escolha para eu ser professora e da rotina de professora auxiliar contratada na Escola Doméstica de Natal, há treze anos", fez suspense.

Segundo Margarida Seabra, mãe da professora Débora Seabra, é preciso reconhecer que as pessoas com deficiência são capazes, já que oficialmente antes da Lei Brasileira de Inclusão, elas eram consideradas incapazes. “Ficando explícito que deficiência não implica em incapacidade pois a LBI trouxe um novo paradigma ao garantir às pessoas com deficiência o reconhecimento de suas capacidades e habilidades, oportunizando sua autonomia e o seu reconhecimento humano”, reiterou.

 

Programação

Durante a programação serão ministrados oito minicursos: Libras, mãos que falam, olhos que ouvem; Educação inclusiva de estudantes com deficiência intelectual: aprendizagem e acessibilidade; Análise das condições de acessibilidade no ambiente urbano; A vivência da sexualidade na educação inclusiva; Produção de material informacional acessível para estudantes com deficiência visual; Ressignificando espaços de aprendizagem na educação: quando o incluir produz sentidos; Interlocuções entre o NAEP; e, Núcleo de acessibilidade em uma universidade comunitária. A novidade na programação desse seminário é um minicurso voltado especialmente para os gestores da Regional Goiás e demais gestores das instituições de educação superior participantes do evento, que tem como tema: “Acessibilidade: orientações aos processos de avaliação da educação superior”, com a professora Cláudia Griboski.

Ainda sobre a programação, terá também mística de abertura, apresentação de balé em cadeira de rodas, show com a Banda Pequi, visita guiada na Biblioteca Cajuí, Sarau Inclusivo, banda de música da Polícia Militar na capela da UAECH, apresentação indígena e cerimônia de lançamento de livros. Haverá ainda nove Grupos de Trabalho (GTs): Sistemas educacionais inclusivos - políticas e gestão; Educação inclusiva e processos de ensino, aprendizagem e avaliação de estudantes público-alvo da Educação Especial; Acessibilidade na educação superior; Práticas educacionais inclusivas na educação básica; Atendimento educacional especializado; Educação inclusiva e acessibilidade; Formação de professores para a educação inclusiva; Trabalho docente Saberes e Competências para a inclusão e por fim, Educação e Tecnologia Assistiva. 

Site do eventohttps://goo.gl/AG9wS2

Mais informações no Núcleo de Acessibilidade: (62) 3371-2741.

Fonte: Weberson Dias

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