Mostra “Criar do aprender: materiais audiovisuais e narrativas na compreensão do trabalho vivido na periferia do capitalismo.”

Atualizada em 15/10/25 16:54

Mostra Virtual
"Criar do aprender: materiais audiovisuais e narrativas na compreensão do trabalho vivido na periferia do capitalismo"

A mostra virtual "Criar do aprender: dispositivos visuais e narrativas na compreensão do trabalho vivido na periferia do capitalismo” é uma proposta desenvolvida em pelo Grupo de Pesquisa Motyrõ, da UAECSA, UFG Câmpus Goiás, a partir do desenvolvimento da "O Trabalho na Periferia do Capitalismo: Perspectivas Interdisciplinares (CSA0329)".

Esta disciplina ofertada como Núcleo Livre no semestre letivo de 2024-2, na modalidade virtual, integrante do Programa de Intercâmbio Acadêmico Latino-Americano (PILA), problematiza a forma de trabalho, subsumido ao capital, que se estrutura em contextos periféricos e marginalizados como a América Latina, considerando como o capitalismo impacta a vida e nos constitui subjetivamente, nessas regiões marcadas pela dependência e colonialidade. Para fomentar o entendimento e a reflexão crítica, as/os estudantes receberam incentivos para produzir materiais audiovisuais que manifestassem suas pesquisas e reflexões, utilizando recursos como vídeos, podcasts, documentários curtos e outras mídias digitais, como estratégia de apreensão do conteúdo e também avaliação do processo ensino-aprendizagem.

Dada a riqueza do material produzido, a mostra virtual se torna uma oportunidade de compartilhar tais conteúdos, promovendo a reflexão ampliada sobre o trabalho na periferia do capitalismo e os desafios enfrentados em contextos precarizados. A virtualidade da mostra permite acesso democrático e gratuito, fortalecendo o impacto social e educativo dos trabalhos. Joga-se luz, portanto, à capacidade dos/das discentes em continuar ensinando, para além do período da disciplina, a partir de suas criações.



Unidade I - Trabalho e Sociabilidade

Docente responsável: George F. Ceolin
Curadoria: Emiliano Freitas

As obras apresentadas partem da temática do trabalho, para produzidos vídeos, poemas, mapas mentais e panfletos que, cada um à sua maneira, tensionando as dinâmicas de exploração, alienação e resistência no contexto da periferia do capitalismo. Essas produções revelam modos de pensar e expressar o trabalho não apenas como categoria econômica, mas como experiência vivida e situada, atravessada por desigualdades e potencialidades. Nesse sentido, os resultados alcançados evidenciam como as imagens, narrativas e dispositivos visuais produzidos no contexto pedagógico podem ressignificar a forma como compreendemos e ensinamos sobre o mundo do trabalho, ampliando o repertório metodológico e epistemológico das práticas educativas, afirmando a potência de uma abordagem que reconhece o sensível e o coletivo como dimensões centrais do conhecimento.

Emiliano Freitas

Discente: Antonela Noli

Discente: Jordhana Sousa Costa

Discente: Maria Luiza Rodrigues Chaves

Discente: Thays Lohane Bastos Silva


Unidade II - Trabalho e Subjetividade

Docentes responsáveis: George F. Ceolin e Fabiana Itaci Correa de Araújo
Curadoria: Emiliano Freitas e Maria Clara Vale Cantanhede

As obras apresentadas partem da temática do trabalho, para produzidos vídeos, poemas, mapas mentais e panfletos que, cada um à sua maneira, tensionando as dinâmicas de exploração, alienação e resistência no contexto da periferia do capitalismo. Essas produções revelam modos de pensar e expressar o trabalho não apenas como categoria econômica, mas como experiência vivida e situada, atravessada por desigualdades e potencialidades. Nesse sentido, os resultados alcançados evidenciam como as imagens, narrativas e dispositivos visuais produzidos no contexto pedagógico podem ressignificar a forma como compreendemos e ensinamos sobre o mundo do trabalho, ampliando o repertório metodológico e epistemológico das práticas educativas, afirmando a potência de uma abordagem que reconhece o sensível e o coletivo como dimensões centrais do conhecimento.

Emiliano Freitas

Curadoria partindo de uma perspectiva que valoriza os processos e as singularidades de cada criação, a proposta é acolher a diversidade das produções, recusando a lógica de hierarquização entre os trabalhos. Enquanto estudante de Licenciatura em Artes Visuais e futura arte-educadora, compreendo a curadoria como um espaço de escuta e acolhimento, onde cada obra merece ser vista em sua potência. Diante disso, optei por incluir todos os trabalhos recebidos na mostra. Essa escolha reflete um compromisso com uma abordagem mais sensível e pedagógica, que prioriza o diálogo e o respeito à diversidade de expressões. Ao invés de selecionar “as melhores” produções, proponho uma curadoria que valoriza a pluralidade e reconhece o valor de cada processo criativo.

Maria Clara Vale Cantanhede

Discente: Adailton Junior Costa Magalhães

Discente: Adailton Junior Costa Magalhães

Discente: Ana Clara Moura Tavares

Discente: Ana Luíza da Cunha Fleury

Discente: Ana Luíza da Cunha Fleury

Discente: Ana Luíza da Cunha Fleury

Discente: Camila Barreto

Discente: Carlos Eduardo Santana da Mata Costa

Discente: Carlos Eduardo Santana da Mata Costa

Discente: Enrique Dutra Sarmento Mota

Discente: Geovanna Rodrigues Oliveira

Discente: Jair Henrique Lemes

Discente: Jordhana Sousa Costa

Discente: Jordhana Sousa Costa

Discente: Julia Guimarães Oliveira

Discente: Lyssandra Ferreira Borges

Discente: Lyssandra Ferreira Borges

Discente: Thaís Felício Da Silva

Discente: Victória Silva Soares

Discente: Yan Alves Borba

Discente: Yan Alves Borba


Unidade III - Trabalho na periferia do capitalismo

Docente responsável: Vitor Sousa Freitas
Curadoria: Victória Magalhães

As obras trabalham a temática da Colonialidade do Saber e do Poder, com referência à palavras disparadoras tiradas do texto de Aníbal Quijano, sendo elas: “Eurocentrismo”, “Formação Socioespacial”, “Direito ao trabalho”, “Direito do Trabalho”, “Injustiça Social” e “Heterogeneidade do Trabalho”. Foram selecionados vídeos e imagens pelos critérios de objetividade e criatividade na exposição. Algumas das obras dispostas não estavam audíveis e, portanto, não puderam ser avaliadas. O que se apresenta são resumos sobre o Trabalho no capitalismo periférico, tema bastante relevante na atualidade, e com uma base teórica muito importante para a América Latina, e nossos modos de construir conhecimento e poder.

Victória Magalhães

Discente: Ana Clara Moura

Discente: Ana Luíza da Cunha Fleury

Discente: Joici Aparecida de Morais

Discente: Maria Luiza Rodrigues Chaves

Discente: Silvana Alves Martins Caetano Pires

Discente: Yan Alves Borba


Unidade IV - Trabalho e Gênero

Docente responsável: Jáder de Castro Andrade Rodrigues
Curadoria: Cida Carneiro

As propostas apresentadas exploram a relação entre “Trabalho e Gênero", tomando como referência o texto "Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil" de Flávia Biroli, jornalista e cientista política brasileira. Para comunicar essa questão urgente – fundamental na compreensão e no enfrentamento das injustiças sociais de nosso tempo - foram utilizados recursos audiovisuais, sonoros, poéticos e imagéticos. Essa multiplicidade de formatos não apenas amplia o alcance da mensagem, mas também reforça que a construção de uma sociedade justa demanda tanto o reconhecimento dessas complexidades estruturais quanto a mobilização coletiva - condições essenciais para garantir direitos e dignidade para todes. É nessa perspectiva que acolhemos todas as produções, entendendo que a oportunidade deve ser igual para todes e que cada voz merece igual espaço. Assim, buscamos fomentar inquietações: que essas obras inspirem novas buscas por conhecimento e fortaleçam o compromisso com a luta por equidade.

Cida Carneiro

Discente: Ana Luíza da Cunha Fleury

Discente: Camila Barreto

Discente: Jordhana Sousa Costa

Discente: Larissa Melo de Jesus


Unidade V - Trabalho e Questão Ambiental

Docente responsável: Nayana Carneiro Caetano Rocha Lima
Curadoria: Renato Naves Prado

As obras selecionadas abordam a relação entre Trabalho e Questão Ambiental, reunindo áudios, vídeos e pôsteres que refletem sobre os modelos de desenvolvimento atuais. Esses trabalhos questionam visões que priorizam a exploração da natureza e o acúmulo de riqueza para poucos, em detrimento do bem-estar coletivo. Apresentam ainda alternativas, como o Bem Viver e outras cosmologias, propondo perspectivas que se distanciam do pensamento colonial e buscam um futuro mais equilibrado com o meio ambiente e mais justo socialmente.

Renato Naves Prado

Discente: Adailton Junior Costa Magalhães

Discente: Antonela Noli

Discente: Geovanna Rodrigues Oliveira

Discente: Larissa Melo de Jesus

Discente: Lyssandra Ferreira Borges


Docentes

George F. Ceolin
Docente responsável pelas Unidades I, II
Professor Associado no Curso de Serviço Social, da Unidade Especial de Ciências Sociais Aplicadas (UAECSA), da Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2019). Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás (2010). Pesquisador CNPq do Grupo de pesquisa Motyrõ - Trabalho, Questão Social e Direitos Humanos na Periferia do Capitalismo, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Fundamentos do Serviço Social na Contemporaneidade (NEFSSC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador da área de Fundamentos do Trabalho Profissional do Serviço Social; tendo como fundamento a teoria social crítica marxiana à economia política e à crítica à forma Estado, com ênfase nas categoria valor, classes sociais e crise estrutural do capital.

Fabiana Itaci Correa de Araújo
Docente responsável pela Unidade II
Fabi Itaci, mulher, latinoamericana, caipira paulista radicada em Goiás há mais de 10 anos. Professora universitária; mãe, feminista. Psicóloga Social; militante no movimento docente. Mestre em Psicologia Social (PUC - SP); especialista em Política Social e Gestão Institucional (UNITAU, SP). Professora na Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas, UFG - Câmpus Goiás, onde vive a dor e as delícias de quem se situa e se faz nas fronteiras do conhecimento. Extensionista e pesquisadora do Motyrõ desde quando o grupo estava sendo aninhado.

Vitor Sousa Freitas
Docente responsável pela Unidade III
Fabi Itaci, mulher, latinoamericana, caipira paulista radicada em Goiás há mais de 10 anos. Professora universitária; mãe, feminista. Psicóloga Social; militante no movimento docente. Mestre em Psicologia Social (PUC - SP); especialista em Política Social e Gestão Institucional (UNITAU, SP). Professora na Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas, UFG - Câmpus Goiás, onde vive a dor e as delícias de quem se situa e se faz nas fronteiras do conhecimento. Extensionista e pesquisadora do Motyrõ desde quando o grupo estava sendo aninhado.

Jáder de Castro Andrade Rodrigues
Docente responsável pela Unidade IV
Sou Jáder de Castro Andrade Rodrigues, professore, ser de encruzilhadas, corpo-território queer e não-binárie onde a Educação do Campo e as Ciências Biológicas florescem. Minha caminhada acadêmica é um rio que nasce na Biologia (Licenciatura pela Universidade Estadual de Goiás) ganha afluentes no mestrado em Ensino de Ciências pela mesma casa, e deságua em um doutorado em Educação em Ciências pela Universidade de Brasília (UnB), com o olhar voltado à Educação Ambiental e suas interfaces na Licenciatura em Educação do Campo. Hoje, semeio futuros na UFG como professor efetivo, cultivando novas veredas na Licenciatura em Educação do Campo, onde também coordeno o Estágio Supervisionado.

Nayana Carneiro Caetano Rocha Lima
Docente responsável pela Unidade V
Nayana Carneiro Caetano Rocha Lima é assistente social, professora do Bacharelado em Serviço Social da UFG (Campus Goiás) e pesquisadora. Doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Desenvolve sua tese em uma perspectiva comparativa e crítica, questionando a colonialidade do poder e do saber incorporadas no conceito de desenvolvimento sustentável preconizado pela Agenda 2030, especificamente, em sua implementação no Brasil e no México, onde atuou como pesquisadora convidada no Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora (2024). Sua trajetória acadêmica e profissional é marcada por estudos decoloniais e contracoloniais das interfaces entre direitos humanos, questão ambiental e feminismos. Possui experiências como educadora social, produtora cultural e consultora em projetos socioambientais, especialmente voltados à inclusão socioprodutiva de mulheres rurais e camponesas.


Curadoria

Emilliano Freitas
Curador das Unidades I, II
Artista visual e professor universitário. Doutor em Arte e Cultura Visual (FAV-UFG), mestre em Artes (PPGA-UFU), especialista em Artes Visuais: Cultura e Criação (SENAC/MG) e Graduado em Arquitetura e Urbanismo (UFU). É membro do CAPU (Coletivo de Ações Poéticas Urbanas) e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás – Câmpus Goiás.

Maria Clara Vale Cantenhede
Curadora da Unidade II
Sou a Maria Clara, artista visual, nordestina nascida e criada no litoral maranhense, onde aprendi a escutar o mar e a observar os detalhes da natureza. Graduanda em Licenciatura em Artes Visuais pelo Instituto Federal de Goiás (IFG), tenho nas criações um espaço de memórias, afetos e pequenos encantamentos do cotidiano. Entre tintas, palavras e narrativas visuais, busco transmitir sensibilidade nas pequenas coisas e revelar fragmentos do meu imaginário.

Victória Magalhães
Curadora da Unidade III
Victória Magalhães é Produtora Audiovisual, Arte Educadora e Fazedora de Cultura em Goiás. Desenvolve trabalhos na área de Circo, Cinema e Movimentos Sociais. Bióloga, Mestranda pelo PPGeo da UEG e estudante de Cinema e Audiovisual pelo IFG.

Cida Carneiro
Curadora da Unidade IV
Artista visual, designer de comunicação e fotógrafa, atualmente integra a equipe do MAG – Museu de Arte de Goiânia, onde desenvolve projetos gráficos e fotografia para o departamento de comunicação. Com trajetória multidisciplinar, iniciou como estilista antes de dedicar-se às artes visuais, atuando também como docente na Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), nos cursos de Design de Moda e Artes Visuais e, no Centro Livre de Artes de Goiânia. Com produções desde 1988, participou de mostras – coletivas e individuais, e salões, incluindo: II Concurso Universitário do Centro Oeste, xilogravura, 1988; VII Concurso Novos Valores UCG, pintura, 1990; XI Salão Anapolino de Artes, desenho, 1990; Concurso Novos Valores/UCG, 3º lugar, pintura, 1999; Prêmio SESI Arte e Criatividade, pintura, 2017, entre outras. Destaque para as exposições individuais “Sementes”, Casa de Cora Coralina, Goiás/1999, uma exposição que mergulha na essência humana, explorando a contradição entre nossa origem comum e nossas trajetórias únicas; e "Memórias do Feminino" (Goiânia/2017) “Entrelacê” (Cidade de Goiás/2017), cuja poética pictórica explora arquétipos femininos em diferentes temporalidades e espaços sociais, incluindo críticas ao universo do consumo. Na atuação em Design, participou da criação e desenvolvimento de identidades visuais para importantes eventos culturais como o Festival Internacional de Artes Cênicas – Goiânia em Cena; Festival Brasileiro de Cinema – FestCine. Como designer autônoma, cria identidades visuais para festivais independentes na área cultural, espetáculos cênicos, catálogos e livros para artistas. Especializada em registro de eventos culturais, com ênfase em artes cênicas e música. Cobriu grandes festivais como FICA – Festival Internacional de Vídeo e Cinema Ambiental; GOIÂNIA EM CENA – Festival Internacional de Artes Cênicas; CANTO DA PRIMAVERA – Festival de Música de Pirenópolis; GOYAZ FESTIVAL – Festival de Música Instrumental; TENPO – Festival de Teatro de Porangatu; Festival de Teatro da FETEG – Federação de Teatro de Goiás; Festival de Cenas Curtas – Artes Cênicas; entre outros. Participou como artista selecionada para ilustrar os displays do projeto "Postais Cênicos" (Cia In Cena, 3ª edição), com obras que celebram a relação entre artistas e comunidade. Em 2017, assinou direção de arte, cenografia coletiva, figurino, fotografia e identidade visual para o espetáculo "Ophelia" (Anthropos Cia de Arte), releitura contemporânea da personagem shakespeariana que discute questões femininas atemporais.

Renato Naves Prado
Curador da Unidade V
Renato Naves Prado é professor, fotógrafo, montador cinematográfico e pesquisador, com atuação nas intersecções entre audiovisual, fotografia e educação. Doutorando em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG), desenvolveu a metodologia dos Videorrelatos, voltada à produção audiovisual investigativa em contextos educativos. Como docente no Instituto Federal de Goiás (IFG), dedica-se à formação técnica e crítica em audiovisual. Sua produção abrange fotografia e cinema (montagem e direção de fotografia). Publicou artigos e capítulos sobre linguagem audiovisual, docência e cultura visual, refletindo sobre pedagogias visuais contemporâneas.