Mostra “Criar do aprender: materiais audiovisuais e narrativas na compreensão do trabalho vivido na periferia do capitalismo.”
Mostra Virtual
"Criar do aprender: materiais audiovisuais e narrativas na compreensão do trabalho vivido na periferia do capitalismo"
A mostra virtual "Criar do aprender: dispositivos visuais e narrativas na compreensão do trabalho vivido na periferia do capitalismo” é uma proposta desenvolvida em pelo Grupo de Pesquisa Motyrõ, da UAECSA, UFG Câmpus Goiás, a partir do desenvolvimento da "O Trabalho na Periferia do Capitalismo: Perspectivas Interdisciplinares (CSA0329)".
Esta disciplina ofertada como Núcleo Livre no semestre letivo de 2024-2, na modalidade virtual, integrante do Programa de Intercâmbio Acadêmico Latino-Americano (PILA), problematiza a forma de trabalho, subsumido ao capital, que se estrutura em contextos periféricos e marginalizados como a América Latina, considerando como o capitalismo impacta a vida e nos constitui subjetivamente, nessas regiões marcadas pela dependência e colonialidade. Para fomentar o entendimento e a reflexão crítica, as/os estudantes receberam incentivos para produzir materiais audiovisuais que manifestassem suas pesquisas e reflexões, utilizando recursos como vídeos, podcasts, documentários curtos e outras mídias digitais, como estratégia de apreensão do conteúdo e também avaliação do processo ensino-aprendizagem.
Dada a riqueza do material produzido, a mostra virtual se torna uma oportunidade de compartilhar tais conteúdos, promovendo a reflexão ampliada sobre o trabalho na periferia do capitalismo e os desafios enfrentados em contextos precarizados. A virtualidade da mostra permite acesso democrático e gratuito, fortalecendo o impacto social e educativo dos trabalhos. Joga-se luz, portanto, à capacidade dos/das discentes em continuar ensinando, para além do período da disciplina, a partir de suas criações.
Unidade I - Trabalho e Sociabilidade
Docente responsável: George F. CeolinCuradoria: Emiliano Freitas
As obras apresentadas partem da temática do trabalho, para produzidos vídeos, poemas, mapas mentais e panfletos que, cada um à sua maneira, tensionando as dinâmicas de exploração, alienação e resistência no contexto da periferia do capitalismo. Essas produções revelam modos de pensar e expressar o trabalho não apenas como categoria econômica, mas como experiência vivida e situada, atravessada por desigualdades e potencialidades. Nesse sentido, os resultados alcançados evidenciam como as imagens, narrativas e dispositivos visuais produzidos no contexto pedagógico podem ressignificar a forma como compreendemos e ensinamos sobre o mundo do trabalho, ampliando o repertório metodológico e epistemológico das práticas educativas, afirmando a potência de uma abordagem que reconhece o sensível e o coletivo como dimensões centrais do conhecimento.
Unidade II - Trabalho e Subjetividade
Docentes responsáveis: George F. Ceolin e Fabiana Itaci Correa de AraújoCuradoria: Emiliano Freitas e Maria Clara Vale Cantanhede
As obras apresentadas partem da temática do trabalho, para produzidos vídeos, poemas, mapas mentais e panfletos que, cada um à sua maneira, tensionando as dinâmicas de exploração, alienação e resistência no contexto da periferia do capitalismo. Essas produções revelam modos de pensar e expressar o trabalho não apenas como categoria econômica, mas como experiência vivida e situada, atravessada por desigualdades e potencialidades. Nesse sentido, os resultados alcançados evidenciam como as imagens, narrativas e dispositivos visuais produzidos no contexto pedagógico podem ressignificar a forma como compreendemos e ensinamos sobre o mundo do trabalho, ampliando o repertório metodológico e epistemológico das práticas educativas, afirmando a potência de uma abordagem que reconhece o sensível e o coletivo como dimensões centrais do conhecimento.
Curadoria partindo de uma perspectiva que valoriza os processos e as singularidades de cada criação, a proposta é acolher a diversidade das produções, recusando a lógica de hierarquização entre os trabalhos. Enquanto estudante de Licenciatura em Artes Visuais e futura arte-educadora, compreendo a curadoria como um espaço de escuta e acolhimento, onde cada obra merece ser vista em sua potência. Diante disso, optei por incluir todos os trabalhos recebidos na mostra. Essa escolha reflete um compromisso com uma abordagem mais sensível e pedagógica, que prioriza o diálogo e o respeito à diversidade de expressões. Ao invés de selecionar “as melhores” produções, proponho uma curadoria que valoriza a pluralidade e reconhece o valor de cada processo criativo.
Unidade III - Trabalho na periferia do capitalismo
Docente responsável: Vitor Sousa FreitasCuradoria: Victória Magalhães
As obras trabalham a temática da Colonialidade do Saber e do Poder, com referência à palavras disparadoras tiradas do texto de Aníbal Quijano, sendo elas: “Eurocentrismo”, “Formação Socioespacial”, “Direito ao trabalho”, “Direito do Trabalho”, “Injustiça Social” e “Heterogeneidade do Trabalho”. Foram selecionados vídeos e imagens pelos critérios de objetividade e criatividade na exposição. Algumas das obras dispostas não estavam audíveis e, portanto, não puderam ser avaliadas. O que se apresenta são resumos sobre o Trabalho no capitalismo periférico, tema bastante relevante na atualidade, e com uma base teórica muito importante para a América Latina, e nossos modos de construir conhecimento e poder.
Unidade IV - Trabalho e Gênero
Docente responsável: Jáder de Castro Andrade RodriguesCuradoria: Cida Carneiro
As propostas apresentadas exploram a relação entre “Trabalho e Gênero", tomando como referência o texto "Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil" de Flávia Biroli, jornalista e cientista política brasileira. Para comunicar essa questão urgente – fundamental na compreensão e no enfrentamento das injustiças sociais de nosso tempo - foram utilizados recursos audiovisuais, sonoros, poéticos e imagéticos. Essa multiplicidade de formatos não apenas amplia o alcance da mensagem, mas também reforça que a construção de uma sociedade justa demanda tanto o reconhecimento dessas complexidades estruturais quanto a mobilização coletiva - condições essenciais para garantir direitos e dignidade para todes. É nessa perspectiva que acolhemos todas as produções, entendendo que a oportunidade deve ser igual para todes e que cada voz merece igual espaço. Assim, buscamos fomentar inquietações: que essas obras inspirem novas buscas por conhecimento e fortaleçam o compromisso com a luta por equidade.
Unidade V - Trabalho e Questão Ambiental
Docente responsável: Nayana Carneiro Caetano Rocha LimaCuradoria: Renato Naves Prado
As obras selecionadas abordam a relação entre Trabalho e Questão Ambiental, reunindo áudios, vídeos e pôsteres que refletem sobre os modelos de desenvolvimento atuais. Esses trabalhos questionam visões que priorizam a exploração da natureza e o acúmulo de riqueza para poucos, em detrimento do bem-estar coletivo. Apresentam ainda alternativas, como o Bem Viver e outras cosmologias, propondo perspectivas que se distanciam do pensamento colonial e buscam um futuro mais equilibrado com o meio ambiente e mais justo socialmente.
Docentes
Curadoria
