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Nota da Direção

Por weberson dias. Em 08/05/19 16:35. Atualizada em 08/05/19 16:47.

NOTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DA REGIONAL GOIÁS

A Direção da Regional Goiás vêm acompanhando atentamente e participando de todas as ações possíveis relacionadas as tentativas de reversão do quadro atual que consiste em promover o desfinanciamento da rede federal de educação. O bloqueio anunciado pelo governo nas ações de manutenção e custeio das Universidades e Institutos Federais caso seja concretizado implicará em sérios prejuízos para a continuidade das ações de ensino, extensão, cultura, pesquisa e pós-graduação da nossa instituição. É bem verdade que contingenciamentos orçamentários e financeiros na educação tem se tornado frequentes nos últimos anos, contudo, o que se apresenta no momento atual é a somatória de um processo de desfinanciamento que atinge limites irrecuperáveis. Nesse sentido, reafirmamos à nossa comunidade o compromisso de continuarmos envidando esforços para que a situação seja revertida e nossa Universidade possa seguir prestando serviços de relevância para a sociedade, o que nos impele a contar com o apoio e colaboração de todos e todas.

Ademais, servimo-nos da presente para reafirmar nosso compromisso, mesmo em uma conjuntura adversa como esta, com um projeto posicionado de Universidade. Nesse projeto, entendemos que os sentidos públicos da coisa pública devam ser reafirmados na direção da construção de uma Universidade gratuita, plural, democrática, laica, popular e socialmente referenciada. Portanto, a construção desse tipo de Universidade passa pelo aprimoramento e pela ampliação dos mecanismos que viabilizem os acessos aos segmentos historicamente vulnerabilizados da sociedade brasileira, como mulheres, negros, indígenas, pessoas oriundas de comunidades tradicionais como quilombolas, ribeirinhos e/ou sertanejos, pessoas com deficiência, egressos do ensino público e de famílias de baixo poder aquisitivo. Entendemos que a priorização do acesso à Universidade para esses públicos, historicamente excluídos de todos os processos sociais e culturais de nossa sociedade, não fere o princípio da universalidade, pois já dispomos de mecanismos burocráticos que garantem equidade e justiça social nas práticas de seletividade.

Ainda, temos tomado medidas para que as relações sociais no âmbito do campus sejam pautadas pelo respeito a dignidade humana a exemplo das ações empreendidas contra situações de assédio moral, sexual, racismo, misoginia, lgbtqfobia, dentro outros.

Assim, REPUDIAMOS qualquer ação que fira o respeito e a dignidade de membros de nossa comunidade acadêmica em virtude de discriminações contrárias aos direitos humanos.

Já são conhecidas as ações que a UFG tem empregado na direção do reconhecimento da liberdade como valor ético central e do respeito a diversidade e às diferenças que constituem uma sociedade democrática, no entanto, avanços se fazem necessários, e, para tanto, toda a comunidade acadêmica precisa estar mobilizada em torno dos princípios que arrolamos para que possamos enfrentar a conjuntura adversa sem rupturas com o pacto civilizatório que marca a supremacia da racionalidade humana em detrimento do irracionalismo. Contamos com o apoio de todos e todas.


A Direção

Fonte: Arthur Maresca

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