Acontece na UFG

Confira entrevista com intercambista!

By Bruna Marcela Inácia de Souza. On 07/28/23 10:44 . Updated at 07/31/23 10:26 .

A ASCOM|CG bateu um papo bem legal sobre intercâmbio e as experiências em Goiás e no Brasil

A Assessoria de Comunicação do Câmpus Goiás da UFG realizou uma entrevista com o estudante intercambista Matías José Arana acerca de sua experiência e dos processos para realização de intercâmbio no Brasil.

Matias é natural de Bahia Blanca, uma cidade interiorana do sul da Argentina, e estuda geologia na Universidad Nacional del Sur, na mesma cidade. Ao fazer o intercâmbio para a UFG - Câmpus Goiás, que não oferece o curso de geologia, o estudante optou por disciplinas nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e na Licenciatura em Educação do Campo: Ciências da Natureza (LEdoC).

Sendo que, no curso de Arquitetura e Urbanismo, ele cursou as seguintes disciplinas: (1) Arquitetura, Cidade e Sociedade, (2) Análise da Paisagem e (3) Forma, Espaço e Ordem. E, na LEdoC foram: (4) Questões ambientais e Desenvolvimento Sustentável e (5) Manejo de Ecossistemas para Produção.

Diante disso, fica explícito que para realizar um intercâmbio não é necessariamente obrigatório escolher uma universidade que tenha exatamente o mesmo curso e as mesmas disciplinas da matriz curricular. Todavia, é importante estudar a grade do curso pretendido, haja vista que, ao retornar para a universidade de origem, o intercambista poderá realizar o aproveitamento das disciplinas cursadas. Na UFG Câmpus Goiás, o acompanhamento dos intercambistas é feito em conjunto com a Coordenação de Curso, a Coordenação de Assuntos Internacionais (CAI) e um professor orientador.

Ademais, a CAI é a responsável por auxiliar estudantes que têm interesse em realizar mobilidade internacional. Na atual gestão, a Profª Alessandra Gomes de Castro é a coordenadora da CAI. Qualquer dúvida sobre o assunto, entre em contato pelo e-mail alessandragcastro@ufg.br ou telefone (62) 98288-6001.

Se você tem interesse em fazer intercâmbio durante o período de graduação, confira nossa conversa com Matias para ter conhecimento de possíveis trocas e saberes!

 

O que o motivou para realizar um intercâmbio e escolher o Brasil como destino?

Sinto que sou uma pessoa que gosta muito de viajar e, apesar de nunca ter ido sozinho a outro país, sempre tive vontade de fazer isso em algum momento. Eu não conhecia o Brasil e, além de aprender um novo idioma, aqui sempre foi um país muito interessante, o qual tinha vontade de conhecer em algum momento pela sua cultura, costumes e biomas tão diferentes, mesmo sendo tão pertinho da Argentina! Eu já tinha muita vontade de fazer um intercâmbio, desde que descobri os programas da minha universidade, lá pelo segundo ano da minha faculdade. Na época, me inscrevi nos programas e não consegui. No final do meu curso, já quase formado, eu pude ser amigo cultural na minha universidade, onde conheci muita gente e de diversos países. A partir disso que juntei ainda mais minha vontade para voltar a me inscrever e, por fim, consegui participar do programa ESCALA da Asociación De Universidades Grupo Montevideo (AUGM) para vir ao Brasil.

 

Você esperava vir para uma cidade no interior do país? Quais eram as suas expectativas?

Eu sempre fui muito aberto na hora de escolher uma universidade para realizar o intercâmbio e acho que isso me deu a oportunidade de ter conhecido Goiás. Em um primeiro momento, eu pesquisei e achei que a UFG ficava em Goiânia, mas quando descobri que iria vir para Goiás só tinha dois dias para confirmar e assinar os papéis. Achei legal e comecei a me entusiasmar, sempre com boa expectativa. Não gosto de especular demais e sempre prefiro esse jeito de me surpreender. Outra de minhas expectativas também foi a de poder representar o melhor possível da minha universidade e do meu país, convidando e ensinando, de alguma forma, a nossa cultura para as pessoas. Me agarrei ao fato de poder aproveitar a oportunidade que a UFG me deu, comportando-me de uma forma respeitosa e responsável academicamente. Goiás é uma cidade de arquitetura colonial, fundada no ano de 1700, e já foi capital do Estado. É patrimônio histórico da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e se desenvolve em um bioma muito característico do Brasil, que é o cerrado. Eu tinha pesquisado um pouco sobre esse bioma e alguma outra informação antes de escolher como prioridade entre as outras universidades que eu tinha como opção de intercâmbio.

 

Como foi seu primeiro contato com a UFG - Câmpus Goiás? Você foi bem instruído?

Demais! Fico muito agradecido pelas instruções e informações dadas, tanto pelas autoridades da UFG, da Secretaria de Relações Internacionais (SRI), CAI como também dos professores da universidade e dos alunos do Câmpus Goiás, que me receberam desde antes de eu realmente chegar aqui e me fizeram sentir muito confortável.

 

Qual seu maior desafio ao chegar no Brasil? (A língua, a cultura, as aulas, etc) Quais facilidades você encontrou no processo de intercâmbio?

Meu desafio era poder curtir e aproveitar esta nova experiência, de estar sozinho em outro país por um semestre, e exprimir ao máximo este tempo, tanto  por dentro como por fora do âmbito acadêmico. Além disso, um grande desafio para mim foi a língua, mas que agora me sinto muito confortável falando português apesar do meu sotaque tão diferente. Por sorte, a UFG sempre esteve disposta a ajudar e fizeram com que tudo fosse mais fácil do que verdadeiramente seria. Então, eu acho que a facilidade se deu a partir da universidade, como mediadora no intercâmbio. Pessoalmente, como uma novidade para mim, acredito que descobri uma facilidade na minha capacidade de aprender um novo idioma e de me desenvolver em outro país, aproveitando ao máximo o meu tempo, mesmo assumindo responsabilidades e enfrentando da melhor maneira possível os impedimentos no trajeto.

 

Quais atividades na UFG - Câmpus Goiás você participou?

Antes de vir para Goiás passei duas semanas realizando um curso de português em Goiânia, capital atual do Estado de Goiás, em abril. Participei de viagens organizadas pela UFG. Fui para Brasília e Aruanã com o curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC). Em Aruanã tive a experiência de conhecer algumas aldeias Karajá e foi incrível. Também fui para Pirenópolis com o Programa de Educação Tutorial (PET Vila Boa); participei do FICA (Festival Internacional de Cinema Ambiental) e fui em eventos organizados por estudantes da UFG, entre outras atividades que a UFG me ofereceu em cada oportunidade que tiveram e, por isso, estou muito agradecido.

 

Para você, como tem sido a sua experiência? Quando irá encerrar? Nos conte um pouco sobre as suas vivências e o que mais achar relevante para incentivar outros alunos a fazerem intercâmbio.

Irei encerrar minha experiência no final do mês de agosto e até agora foi uma experiência muito enriquecedora. Aprendi demais, conheci muitas pessoas de diferentes estados e do interior, de outros países, fiz amizades, curti muito a cultura brasileira, aprendi o idioma e suas gírias, suas danças, comi suas comidas, viajei quando foi possível. Aproveitei muito o tempo aqui e não me arrependo de nada. Por isso, recomendo muito às pessoas que viagem e façam um intercâmbio se puderem e quiserem, pois é uma oportunidade que se tem só uma vez na vida. É uma aprendizagem de vida muito importante tanto acadêmica como individualmente, mas não é só isso é porque a gente leva de volta pra casa muitas pessoas e vivências, que perduram para sempre no coração.

 

Destacamos que a mobilidade internacional é uma experiência única que a(o) estudante levará para a vida toda. A vivência na UFG Câmpus Goiás e na Cidade de Goiás permitirá ao intercambista o contato com uma educação de qualidade, bem como, com a cultura brasileira, goiana e vilaboense, riquíssima tanto em termo, culinário, artístico, musical, literária, entre outros.

 

Fotos_Matias_Intercâmbio

Fotos: acerco do entrevistado.

Categories: Noticias