
UFG Regional Goiás está mobilizada contra o Aedes
Um mutirão de limpeza nas unidades da Universidade na Cidade de Goiás trouxe roçagem e mobilizou técnicos, acadêmicos e alunos.
Sexta foi dia de mobilização na UFG Regional Goiás, mas diariamente uma equipe de oito colaboradores são responsáveis por fazer a limpeza nas unidades e trabalham para eliminar possíveis criadouros do mosquito do Aedes Aegypti. O objetivo é, na limpeza geral, combater os focos do inseto causador da Dengue, Zica e Febre Chikungunya.
Cinco colaboradores também contribuem para manter limpa a Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas. Uma dessas trabalhadoras é Ágrima de Fátima de Sousa Brito, 59 anos, carinhosamente conhecida como 'Dona Fátima'. Há mais de 12 anos na Regional, a auxiliar de serviços gerais cuida da limpeza dos espaços internos da Regional, como piso dos corredores, hall de entrada, pátio, mesa e banheiros, e sempre está atenta para combater os focos do mosquito. “Se tiver algum copo jogado, retiro o líquido e jogo no lixo, amarro a boca dos sacos de lixo, não deixo água empoçada e a gente deixa tudo limpo também. Tudo isso para evitar criatórios, que os mosquitos se proliferem e afetem os alunos”, disse ela, assegurando que sempre orienta os estudantes a colaborar e jogar o lixo no lixo.
Felipe Rodrigues da Cunha, de 62 anos, é jardineiro na mesma unidade. Consciente dos riscos do Aedes, hoje foi mais um dia dele fazer uma fiscalização rigorosa no terreno da UFG, importante para a manutenção da limpeza da Regional. Todos os dias, com vassoura, pá e ciscador, ele faz a limpeza da parte externa da Universidade. “Tenho consciência que a gente tem que fazer este esforço, pois é uma segurança para não acontecer o pior com toda a comunidade universitária. Por isso, sempre observo se há foco ou larvas do mosquito e imediatamente cuido de fazer a coleta”, assegurou. Seu Felipe, como é popularmente conhecido, é o responsável por manter o pátio limpo, varrer as calçadas de dentro e da entrada da faculdade, bem como cortar gramas, recolher o lixo. “Estou aqui há 5 anos e graças ao nosso trabalho de evitar o excesso de lixo, nunca ouvi falar que algum aluno, técnico ou professor tenha dado alguma doença por causa de sujeira”, garantiu.
Ciências Humanas
Na Unidade Acadêmica Especial de Ciências Humanas, três colaboradores auxiliam na limpeza, nos três turnos. Na tarde de hoje, sete pessoas, entre estudantes, técnicos administrativo, diretora e auxiliar de serviços gerais realizaram um mutirão à caça de focos do mosquito. Plástico, copos descartáveis e outros materiais que podem acumular água foram recolhidos e colocados em sacos plásticos pelo grupo. “A Universidade Federal de Goiás cumpre seu papel social, quando faz ações como esta, a fim de prevenir doenças”, opinou a técnica administrativa, Juliana Luis e Silva.
O aluno de Filosofia, Matheus Pereira, também participou do mutirão. “Eu acho muito importante essa ação, pois evitamos os focos do Aedes Aegypti e conscientizamos os alunos com relação a essas doenças geradas pelo mosquito”, destacou Pereira.
Limpeza
Em um breve passeio pelas unidades de Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas dá pra perceber que a assepsia é uma prática constante. Espaços internos e externos da Regional, como corredores, pátios, salas, canteiros e banheiros estão diariamente limpos. Durante a mobilização, nenhum foco do mosquito foi encontrado nas unidades.
De acordo com a professora Maria Meire Carvalho, diretora da UFG Regional Goiás, além das atividades de rotina da UFG, estudantes e docentes da Regional Goiás estão envolvidos nas ações do governo municipal. Até julho, devem acontecer quatro mobilizações contra o mosquito da dengue. O primeiro mutirão de limpeza aconteceu de 15 a 19 de fevereiro, com atividades de recolher entulhos de lixo das calçadas e visitas em residências. Na ação foram utilizados cinco caminhões caçamba, uma retroescavadeira e uma patrol em todos os bairros da cidade. Durante a ação, foram visitadas 4.861 imóveis, dos quais 217 com foco; e 1.166 casas estavam fechadas.
Ainda segundo ela, está em discussão a realização de uma mesa-redonda, que deve discutir a saúde pública com foco no saneamento básico e a realidade dos protocolos de saúde em relação às três doenças na Cidade de Goiás. Representantes da saúde municipal, professores da UFG e pesquisadores da área poderão compor a mesa. O evento deve contar também com o apoio da Coordenação de Extensão da Regional e as chefias das Unidades Acadêmicas Especiais da Regional.
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